sexta-feira, setembro 29, 2006

O PT e a Compensação Divina

Piada que recebi por e-mail de um amigo.

Compensação Divina:

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes duas virtudes.
Assim, aos Suíços os fez organizados e respeitosos da lei;
Aos Ingleses, corajosos e estudiosos;
Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados;
Aos Italianos, alegres e românticos;
Aos Franceses, cultos e finos;
Porém, quando chegou a vez dos Brasileiros,disse então ao anjo que escrevia em uma planilha:
Estes vão ser inteligentes, honestos e petistas!
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo,
indagou:
- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porem, aos brasileiros, foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da Terra?
- Muito bem observado anjo bom! Exclamou Deus. Isto é verdade! Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas
três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente!
Assim quem for petista e honesto não pode ser inteligente;
O que for petista e inteligente não pode ser honesto;
E o que for inteligente e honesto NÃO PODE SER PETISTA.
Palavras do Senhor. Amém.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Lula e Alckmin

Informativo Caros Amigos, nº 261, de 20 de setembro de 2006.

Os banqueiros sabem o que querem Lula e Alckmin

Por Gilberto Maringoni

Na edição anterior, este espaço foi ocupado por uma crônica com o sugestivo título "Afinal, o que quer essa mulher?" A mulher referida é a senadora Heloísa Helena. O texto desancava pesadamente a candidata à presidência da República pelo PSOL.
A pergunta é das mais pertinentes numa campanha eleitoral em que praticamente não há contornos programáticos definidos entre os dois postulantes à frente das pesquisas de intenção de voto. A questão não caberia se os sujeitos da oração fossem o presidente Lula (PT) ou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-PFL).
Não há nada mais previsível do que suas campanhas. Quem diz isso – vejam só! – é o banqueiro Olavo Setúbal, em entrevista à Folha de S. Paulo, em 31 de agosto último. Vamos a um trecho dela:
"Folha - Se ele ou o Alckmin for eleito, para o senhor tanto faz?
Setúbal - Não tem diferença do ponto de vista do modelo econômico. Eu acho que a eleição do Lula ou do Alckmin é igual.
Folha - Os dois são a mesma coisa?
Setúbal - Os dois são conservadores. Cada presidente tem suas prioridades, mas dentro do mesmo leque de premissas econômicas. Acho que o Lula vai conservar a premissa da linha de superávit primário, de metas de inflação e tudo o mais. São evoluções que estão consolidadas no Brasil e serão mantidas por qualquer presidente.”
Setúbal parece ter atendido a um apelo do próprio presidente Lula. Num rasgo de sinceridade, ele fez a seguinte declaração durante a inauguração de seu comitê eleitoral em Brasília, um mês antes: "Banqueiro não tinha porque estar contra o governo, por que os bancos ganharam muito dinheiro... Então, não tinham por que estar com tanta raiva e preconceito".
Estamos em meio a uma disputa eleitoral que encurta horizontes, amesquinha estratégias e transforma qualquer projeto de longo prazo em metas para 1º de outubro. Setúbal mostra que estamos diante da mais insossa e enfadonha campanha dos últimos anos.
Há uma razão básica para isso. Qualquer um que se dê ao trabalho de examinar as propostas econômicas do PT e do PSDB encontrará poucas diferenças reais entre elas. Os marqueteiros podem dourar a pílula e fazer a redação em estilos diferentes. Mas a essência das duas postulações tem como meta prosseguir com o ajuste fiscal, realizar mudanças constitucionais que desonerem o capital e penalizem o trabalho – como uma terceira reforma da Previdência, pretendida pelos dois candidatos – e manter cada vez mais as decisões do Estado nas mãos de interesses privados.
Estamos diante de duas vertentes do modelo neoliberal, uma mais à esquerda e outra mais à direita. Nenhuma delas visa melhorar a vida de nosso povo de forma duradoura. Uma tem uma bolsa-escola um pouco melhor, reajusta um pouco mais o salário mínimo, mas não se distancia do modelo herdado. Outra abusa do palavreado oco do "choque de gestão". Mesmo a política externa atual – área em que o governo Lula se sai um pouco melhor – apresenta problemas. Ela é ambígua. Há uma solidariedade a Hugo Chávez, dada apenas após o referendo revogatório em que se sagrou vitorioso em 2004 e um comportamento de dupla face em relação à Bolívia. Enquanto a diplomacia brasileira apresenta uma conduta louvável, a Petrobrás, pressionada por seus acionistas privados, busca endurecer o jogo com o governo Evo Morales. Não se pode esquecer também da falta de apoio à moratória argentina, em 2003, do envio de tropas brasileiras ao Haiti ou da abstenção em relação a Cuba, em duas oportunidades, quando uma comissão da ONU buscou condenar a Ilha por supostas violações de direitos humanos.
Se acharmos isso coisa pouca, olhemos para as manchetes da semana. Somente no mês de agosto, por conta da estratosférica taxa de juros, a dívida pública cresceu 25,08 bilhões de reais, três vezes mais do que é gasto em todos os programas sociais num ano. Quase metade dos jovens entre 16 e 24 anos está desempregada. A Volkswagen impõe uma chantagem ao país e inicia a demissão de 3.600 trabalhadores e nada acontece. E o país segue pelo caminho do baixo crescimento econômico, maior apenas que o do Haiti, um país mergulhado em guerra civil.
Vivemos tempos complicados para a esquerda brasileira. A eleição de Lula, em vez de potencializar debates, liberar forças sociais represadas e dar curso a transformações ainda que tímidas na estrutura social e econômica brasileira, teve efeito inverso. O presidente absorveu a formidável energia política dos 53 milhões de votos dados em outubro de 2002 – que misturavam apoio a uma pregação mudancista de 25 anos e um repúdio ao governo FHC – e transformou-a em impulso continuísta.
Com isso, semeou confusão e desalento entre a esquerda e o movimento popular e transformou-se numa providencial tábua de salvação para as classes dominantes – em especial, o setor financeiro – que viu seus representantes políticos serem repudiados nas urnas há quatro anos.
Alckmin, por sua vez, é a direita com cara de bom moço. Suas marcas principais são 69 CPIs abafadas na Assembléia Legislativa, o prosseguimento das privatizações e o descontrole na área de segurança pública e de direitos humanos.
Escolher entre Lula e Alckmin significa ter de optar entre o ruim e o muito ruim.
Assim, já se sabe o que o petismo e o tucanato querem. Voltemos à pergunta do artigo mencionado no início: "Afinal, o que quer essa mulher?" A resposta é simples: quer um Brasil onde o povo não seja apenas um detalhe.

Gilberto Maringoni é jornalista, autor de A Venezuela que se Inventa - Poder, Petróleo e Intriga nos Tempos de Chávez e coordenador da campanha de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-PSTU-PCB) ao governo de São Paulo.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Frase do dia

Circula pela internet a frase abaixo. Em época de tensão pré-eleitoral, vale a brincadeira.

QUE BOM SERIA SE APENAS UM DEPUTADO PEGASSE FEBRE AFTOSA.
ASSIM, TODO REBANHO TERIA QUE SER SACRIFICADO.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Carta ao Povo Brasileiro

Dia desse eu citei Nelson Rodrigues, falando que o que atrapalha o Brasil é o brasileiro. Pois bem, chegou a hora de a gente mudar essa imagem, e tomarmos uma atitude que pode mudar de forma positiva o futuro de todos nós. Abaixo está uma Carta Aberta ao Povo Brasileiro, assinado por algumas personalidades públicas e intelectuais. Eu também assino embaixo do que eles escreveram.


Por que Heloísa Helena

Nossa existência, como Nação soberana e sociedade organizada, está em perigo. Há 25 anos a renda nacional por habitante parou de progredir. Uma geração inteira nunca viu o Brasil se desenvolver. Cerca de 65% dos nossos jovens, entre 14 e 24 anos, não estudam nem trabalham. O crime organizado avança. Não podemos perder mais tempo.
O PSDB governou o Brasil durante oito anos e agravou a crise brasileira.
O PT não teve coragem para mudar.
Entre janeiro de 2003, quando tomou posse, e junho de 2006 o governo Lula destinou R$ 530 bilhões para remunerar especuladores financeiros, discretamente, enquanto usou R$ 30 bilhões no Programa Bolsa Família, tão divulgado.
A grande maioria dos políticos, no exercício de mandatos, foi cúmplice disso.
A senadora Heloísa Helena foi exceção.
Por defender os compromissos que havia assumido em campanha, foi expulsa injustamente do PT. Mas soube reagir. Em poucos meses, percorrendo o Brasil, sem financiamentos suspeitos, sem cabos eleitorais remunerados, sem apoio dos grandes meios de comunicação, ajudou a recolher nas ruas 500 mil assinaturas de cidadãos e cidadãs, necessárias para legalizar o Partido do Socialismo e Liberdade (P-SOL).
A trajetória de Heloísa nos comove. Sua campanha nos reanima. Permite que reencontremos valores que desapareceram da política brasileira, como simplicidade, honestidade e verdade.
Heloísa Helena não mente, não rouba e não trai.
Tem apoio de militantes idealistas, de intelectuais honestos, de cidadãos conscientes.
Não vote contra o Brasil nem anule seu voto. Ajude essa grande brasileira - mãe, enfermeira, professora universitária, senadora - a cumprir a sua missão, que também é a nossa. A missão de resgatar o nosso orgulho de ser brasileiros e construir o país dos nossos sonhos.
Entre na campanha como for possível. Reúna os amigos. Converse com todos, em casa, no trabalho, nas ruas. Some-se a nós.
Ajude-nos a ajudar o Brasil, é tudo o que pedimos. Cada novo voto conquistado nos aproxima da hora da virada.


Afonso Arinos de Melo Franco, jurista;
Aziz Ab'Sáber, geógrafo;
Carlos Lessa, economista;
Carlos Nelson Coutinho, cientista político;
Chico de Oliveira, sociólogo;
Dom Tomás Balduíno, bispo católico;
Francisco Foot Hardman, historiador;
Guilherme Arantes, músico;
Hélio Bicudo, jurista;
Leandro Konder, filósofo;
Leda Paulani, economista;
Ledo Ivo, acadêmico;
Maria Sylvia de Carvalho Franco, filósofa;
Otilia Arantes, filósofa;
Paulo Arantes, filósofo;
Reinaldo Gonçalves, economista;
Ricardo Antunes, sociólogo;
Roberto Romano, filósofo;
Romualdo Portela, pedagogo;
Vital Farias, músico;
Ziraldo, cartunista.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Fraude nas Urnas Eletrônicas

Faz muito tempo que o TSE (e o povo brasileiro) se vangloria das nossas eleições, pois somos o único país do mundo que adota o sistema de urnas eletrônicas, o que possibilita um voto mais ágil e seguro, e o resultado sai em poucas horas. Mas eu sempre desconfiei desse sistema. Não que eu não acredite nas invenções dos brasileiros. Até que nós sempre fomos muito criativos. Acontece que nunca engoli essa história de que países muito mais desenvolvidos que o nosso não conseguiam adotar a urna eletrônica. Sempre me vem a mente a imagem do japonês.
O japonês é um cara que coloca tecnologia em tudo que pode, em prol do conforto. Eles produzem melancias quadradas que encaixam perfeitamente na geladeira. Criam hortas suspensas, com sistema auto-irrigável, que não ocupam lugar em casa. Criaram o controle-remoto, apostaram no relógio digital, inventaram o sistema de fitas VHS (e o CD, DVD, etc). Celular, satélite, aparelhos de som, TV, computador, enfim, tudo. Tu inventa algo e lá vem o japonês aperfeiçoando. Dizem que não existe nada mais eficiente do que um japonês numa lavoura de tomates.
Aí vem alguém e diz que o governo japonês não consegue implantar o sistema de urnas eletrônicas, e que só o Brasil consegue esse feito. Nem Japão, nem EUA, nem Dinamarca, nem Finlândia. Ninguém, só o Brasil consegue.
Uma vez eu assisti a uma palestra em que um japonês (sempre eles) dizia que não se podia confiar em nada eletrônico, pois eram facilmente manipulável e não deixavam rastros. O japa garantia que, com um simples disquete, alguém poderia programar a urna para, a cada três votos em um candidato, transferir um para outro candidato, por exemplo. Ao término do dia o programa se apaga e ninguém fica sabendo. Ah, com a urna eletrônica não existe recontagem de votos.
Certa vez um candidato amigo meu ficou chateado por que eu não votei nele. Perguntei como ele sabia que eu não tinha votado nele, e ele me mostrou duas listas que continham, em uma, todos os eleitores que tinham votado na minha seção eleitoral, e na outra, todos os votos (voto a voto). Detalhe, as listas estavam em ordem de votação. Era só colocar as duas lado a lado, e se saberia quem votou em quem. Isso é voto secreto?
A pouco tempo foi ao ar uma reportagem da Rede Bandeirantes questionando as eleições na cidade de Guarulhos. Minhas suspeitas têm fundamento.
Pois bem, acesse o link abaixo, assista a matéria da Band e tirem suas próprias conclusões. Eu já tirei as minhas.
http://www.youtube.com/watch?v=AY6nefQTf5A