quarta-feira, junho 21, 2006

Inclusão Social

Inclusão social: Estado brasileiro fez clara opção pelos mais pobres, diz FGV.

Uma das principais conclusões tiradas do estudo "O Crescimento Pró-Pobre: o Paradoxo Brasileiro", divulgado ontem (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é a de que o Estado brasileiro fez uma clara opção pelos mais pobres, com o objetivo de melhorar as condições de vida dessa população.
Com isso, segundo o economista Marcelo Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, "o governo está reescrevendo a história do país". Ele explicou que o Estado brasileiro começou a gastar mais em programas sociais e isso explica o aumento da renda dos mais pobres e também a redução das desigualdades verificadas com mais intensidade nos últimos três anos.
O estudo foi elaborado pela FGV em conjunto com pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrou que a adoção de políticas públicas e os reajustes dos benefícios pagos pela Previdência Social vêm produzindo "uma brutal redução" nas desigualdades sociais no Brasil. Segundo Néri, essa conjunção de fatores fez com que a desigualdade social no Brasil atingisse em 2004 o seu menor nível desde o Censo realizado em 1960.
O estudo indica que o país vem avançando desde o início da década na redução das desigualdades entre pobres e ricos. E uma das constatações é a de que no período de 2001 a 2004 a renda total do brasileiro caiu 1,35% ao ano – entre as classes menos favorecidas, no entanto, a renda cresceu 3,07%.
Considerando apenas o ano de 2004, enquanto a renda média do brasileiro cresceu 3,6%, a dos mais pobres chegou a aumentar em 14,1%. A situação, para Marcelo Néri, é até certo ponto paradoxal, "na medida em que o grosso do bolo caiu, mas o bolo dos pobres continuou crescendo".
Ele acrescentou: "É como se os pobres vivessem na China, país com elevadas taxas de crescimento econômico, e o resto dos brasileiros continuasse morando em um país cuja economia se encontra estagnada - e a renda, em queda". Na análise do economista, essa década ficará marcada como a da redução das desigualdades, enquanto a de 1990 foi marcada "pela erradicação dos índices crônicos de inflação e pela conquista da universalização do ensino fundamental". Ele ressaltou ainda que "no Brasil a desigualdade de renda quase não mudou ao longo dos últimos 30 anos".
E destacou o ano de 2004 como "espetacular do ponto de vista da distribuição de renda, um ano atípico na história do país, e hoje em dia o nível de desigualdade brasileira é o mais baixo das séries históricas".

Fonte: Fundação Getúlio Vargas e PT. Obrigado, Valdecir Carlos.

quarta-feira, junho 07, 2006

Sonho Brasileiro

Finalmente o povo desse país tomou vergonha na cara, se revoltou e invadiu o congresso, fazendo pressão para que seus direitos fossem atendidos. Cerca de 1.300 integrantes do MLST foram ontem até o congresso para entregar uma carta com reivindicações.
Só para explicar, o MLST não faz parte do MST, ao contrário do que vem sendo divulgado pela mídia.
O protesto ocorreu do lado de fora do prédio, e alguns líderes do movimento entraram para entregar a carta para os deputados. Enquanto a carta estava sendo entregue, houve agressões por parte dos seguranças da casa sobre os manifestantes, que invadiram o prédio e depredaram tudo o que viam pela frente.
Pena não terem dado de cara pelos corredores com José Sarney, Ney Suassuna, Ângela Guadagnin, Inocêncio Oliveira e tantos outros nomes nefastos que emporcalham o nosso Brasil e não caberiam aqui. Seria bonito de ver esses congressistas correndo para se esconderem no banheiro com medo de encarar o povo olho-no-olho.
Mas aqui fica o recado: corre, Sarney, pois o povo está acordando. Corre, Suassuna, pois nós queremos o dinheiro das ambulâncias de volta. Corre, Guadagnin, senão tu vai dançar de verdade. Corre, Inocêncio, pois se te pegam, vais dormir algemado que nem os pobres trabalhadores escravos de tuas fazendas. Corram, Sandro Mabel, Romeu Queiróz, Roberto Brant, Professor Luizinho, Pedro Henry, Valdemar Santos e João Magno. Vocês foram absolvidos pelo congresso, mas foram condenados pela povo e pagarão bem caro quando ‘pegarem’ vocês.
Voltando ao assunto do quebra-quebra no congresso, mais uma vez o contribuinte é que vai pagar a conta.
Mais de 500 manifestantes foram detidos e 42 menores estão na Delegacia da Criança e do Adolescente. Os detidos passaram a madrugada sendo interrogados e podem ser autuados por lesão corporal, tentativa de homicídio e danos ao patrimônio público.
Na carta, a coordenação do MLST diz que estava ali “afirmando a cidadania popular, que nada mais é do que o povo organizado exercendo o seu livre direito à democracia participativa, desempenhando o papel de protagonista direto das transformações políticas e econômicas e sociais". E acrescenta: "Esse é o conteúdo e a forma desse ato político pacífico que o MLST desenvolve no Congresso Nacional, sede da democracia participativa". Segundo o coordenador do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Marcos Praxedes, o Congresso ouve reivindicações de banqueiros, usineiros e empresários, mas não querem ouvir os trabalhadores. "Essa é uma casa do povo, construída com dinheiro público, onde todos têm o direito de ir. Mas aqui os trabalhadores não são recebidos", disse. Segundo o Senador Cristovam Buarque "O Congresso que não é capaz de se defender não merece sobreviver. Se não soubermos enfrentar o que aconteceu hoje aqui, estaremos caminhando – não sei se a passos largos ou curtos, em questão de meses ou anos – para extinguir a justificativa para a existência de um Congresso".
Veja quais são as reivindicações do MLST:
  • a revogação da lei que proíbe a vistoria em terras ocupadas;
  • a votação imediata da PEC para que as propriedades onde haja trabalho escravo destinem suas terras para a reforma agrária;
  • a atualização imediata no nível de produtividade - propriedades com débito junto à União devem ser desapropriadas e destinadas para fins de reforma agrária;
  • a punição aos crimes ambientais praticados pelas grandes empresas do agronegócio e as empresas urbanas poluidoras;
  • a recuperação para fins de reforma agrária das terras da União griladas pelo agronegócio;
  • a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, que só o FHC acha que dá prejuízo;
  • a punição dos criminosos "que mataram nossos companheiros em 2005, principalmente em Pernambuco".

Para encerrar, o congresso foi invadido e o sonho de milhões de brasileiros se realizou. E a data do ataque não poderia ter sido melhor: no dia 06/06/06 – 666, e azar o deles. Como disse um comentarista pela internet, era “uma multidão de bestas-feras atacando as pobres virgens do congresso nacional... É o CAOS, maluco!”

Fonte: Mídia Independente

segunda-feira, junho 05, 2006

Quadrado Mágico