Caso Bolívia
Não entendo lhufas da Bolívia e até pouco tempo nem sabia que eles produziam algo além de soja e coca, por isso fiquei surpreso com esse imbróglio em torno do gás boliviano. Também não sei bem como é que se dão esses acordos internacionais, mas qualquer pessoa sabe que em um acordo (ou contrato, que seja) devem ser analisadas todas as hipóteses, pois se não se sabe o que vai acontecer no dia de amanhã, o que dirá no governo de amanhã.
Penso que foi irresponsável quem fez esse contrato com os bolivianos, deixando a indústria brasileira reféns dos humores da nação mais pisoteado da região.
A Bolívia é um país indígena, o mais pobre das Américas, essencialmente católico (100% cristão), mas que está cansado de carregar cruzes e oferecer a outra face.
Eles já foram roubados diversas vezes. Perderam parte do território com o único acesso ao mar para o Chile (em 1883). Perderam o Acre para o Brasil, pelas mãos do gaúcho Plácido de Castro (em 1902). Perderam 250 mil km² - quase o tamanho do Rio Grande do Sul - para o Paraguai (em 1935). Isso só em perdas territoriais, pois volta e meia o povo boliviano sofre desmandos e achaques da comunidade internacional.
Nada disso é desculpa para que eles não cumpram acordos ou quebrem contratos, mas são indícios de instabilidade em que eles vivem e que, ao se negociar com povos nesta situação, deve-se ter toda a cautela possível. E parece que o governo (principalmente o anterior, que foi quem investiu alguns dos nossos raros bilhões) foi avisado disso. Deveria ter tido mais cuidado, e deveria se averiguar até a possível punição para quem trata com tão pouco descaso do nosso erário.
Abaixo, trecho da coluna do Elio Gaspari, no jornal O Globo do dia 07 de maio de 2006.
Geisel avisava
Desde 1957, quando foi nomeado representante do Exército no Conselho Nacional do Petróleo, a 1979, quando deixou a presidência da república, o general Ernesto Geisel batalhou contra a construção do gasoduto boliviano.às vezes foi abertamente contra a idéia. Em alguns casos, cozinhou grupos de interesse.
Seu argumento era o seguinte: ”E quando aqueles bolivianos fecharem a válvula, o que é que eu faço? Mando o exército lá abrir?”
Penso que foi irresponsável quem fez esse contrato com os bolivianos, deixando a indústria brasileira reféns dos humores da nação mais pisoteado da região.
A Bolívia é um país indígena, o mais pobre das Américas, essencialmente católico (100% cristão), mas que está cansado de carregar cruzes e oferecer a outra face.
Eles já foram roubados diversas vezes. Perderam parte do território com o único acesso ao mar para o Chile (em 1883). Perderam o Acre para o Brasil, pelas mãos do gaúcho Plácido de Castro (em 1902). Perderam 250 mil km² - quase o tamanho do Rio Grande do Sul - para o Paraguai (em 1935). Isso só em perdas territoriais, pois volta e meia o povo boliviano sofre desmandos e achaques da comunidade internacional.
Nada disso é desculpa para que eles não cumpram acordos ou quebrem contratos, mas são indícios de instabilidade em que eles vivem e que, ao se negociar com povos nesta situação, deve-se ter toda a cautela possível. E parece que o governo (principalmente o anterior, que foi quem investiu alguns dos nossos raros bilhões) foi avisado disso. Deveria ter tido mais cuidado, e deveria se averiguar até a possível punição para quem trata com tão pouco descaso do nosso erário.
Abaixo, trecho da coluna do Elio Gaspari, no jornal O Globo do dia 07 de maio de 2006.
Geisel avisava
Desde 1957, quando foi nomeado representante do Exército no Conselho Nacional do Petróleo, a 1979, quando deixou a presidência da república, o general Ernesto Geisel batalhou contra a construção do gasoduto boliviano.às vezes foi abertamente contra a idéia. Em alguns casos, cozinhou grupos de interesse.
Seu argumento era o seguinte: ”E quando aqueles bolivianos fecharem a válvula, o que é que eu faço? Mando o exército lá abrir?”
E não é que o Milico tinha razão...
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