Palhaço Garotinho
Trecho da coluna de Martha Medeiros, na Zero Hora de hoje.
"Carequinha simbolizava o palhaço ingênuo, humilde, cujo único propósito era entreter a família brasileira e dar alegria às crianças. Fez televisão, gravou discos, participou de programas humorísticos, sempre levando em consideração o respeitável público, que ele respeitava mesmo. Bem diferente dos outros palhaços que nos restaram. Agora temos Garotinho, que já nasceu com o nome perfeito para brilhar no picadeiro. Garotinho e sua pantomima, Garotinho e sua falta de senso do ridículo, Garotinho e sua inseparável partner, Garotinho e sua imensa platéia, que felizmente não o está aplaudindo, mas que está sendo forçada a engoli-lo. Ele faz greve de fome, mas a náusea é nossa."
"Renato Russo perguntava "que país é este?". Estivesse vivo ainda, trocaria para "que circo é este?", onde uma mulher barbada dança em plenário para comemorar impunidades e os políticos fazem mágica pra sobreviver a tanto escândalo. Têm sido péssimos na arte do ilusionismo, ninguém mais acredita neles, mas seguem firmes em cartaz. O dono do circo, então, é o papagaio que fala. Repete sempre a mesma coisa, botando o público pra dormir. E o público, em surto hipnótico, dorme."
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